Aos 21 de setembro do corrente ano foi lançado em Tauá (Cine Teatro Maria Carmem) - o livro DOLORES FEITOSA: resiliente como a Caatinga.
Referida obra tem como autora/organizadora a jornalista Luiza Helena Amorim.
Apresentação: "É a história de uma mulher cearense do sertão. É a história de uma esposa e mãe de família dedicada (...) O texto da biografada, elegante e cheio de sabedoria que antecede a narrativa e a encerra, bem como seus discursos e suas poesias, completam o retrato dessa mulher extraordinária que Ceará teve o privilégio de ver nascer que é Dolores
Feitosa" (Isabel Lustosa).
Feitosa" (Isabel Lustosa).
Prefácio: "Nunca antevi minha vida como objeto de uma história impressa como este livro - Dolores Feitosa: Resiliente como a caatinga (...) O ser humano é semelhante a um rio que nasce frágil, pequeno, débil, mas com os afluxos com os quais vai se encontrando ao longo do seu curso, vai crescendo em volume e potência até desaguar no oceano e integrar-se ao Planeta. Assim somos nós também, nascemos frágeis, pequenos, débeis e, com o decorrer da existência, vamos incorporando a energia e a fortaleza dos com os quais convivemos o que nos ajuda a crescer e a conseguir realizar ações para as quais nós nos sentimos incapazes e assim vamos crescendo até nos integramos à Eternidade (Maria Dolores Andrade Feitosa).
Por que biografar Dolores Feitosa: "Não quero uma biografia que me coloque asinhas e uma auréola" (Dolores Feitosa). (...) "Que este livro mostre às pessoas que podemos e devemos lutar por espaços, mas sempre respeitando os que estão em nossa volta. Mostre, também, que cabe a nós saber utilizar como sabedoria os recursos naturais e ter responsabilidade em preservar a história da humanidade. Dona Dolores, eis aqui a sua biografia, como vi e como senti. Que ela traga à reflexão do que podemos fazer por um Mundo melhor para nós e para as gerações que hão de vir" (Luiza Helena Amorim).
Ascendência e Descendência de Dolores:
A descoberta do Mundo:
A transformação do Mundo:
Saberes compartilhados:
Lirismo compartilhados:
Bibliografia:
Iconografia:
Legendas
CÂNTICO AO RIO COCÓ - POR JOAQUIM DE CASTRO FEITOSA (Dr. Feitosinha) e DOLORES FEITOSA
RIO COCÓ
Rio sinuoso e forte
Com uma artéria humana
Que vulnerável à morte,
No seu fluir conduz:
Beleza, vida,
FORTALEZA,
Luz.
Em suas águas repete:
O verde dos mangues,
O debuxo das pontes,
O ofuscar dos faróis,
O fumaçar das fábricas,
O refletir do sol,
O despejo dos esgotos,
A invasão dos aterros,
O pescar dos homens,
O esvoaçar das garças,
A desnudez das matas,
O voejar dos pássaros,
O pratear dos peixes,
O mancar dos siris,
O nascer das manhãs...
E reflete,
Da natureza, o BEM
Dos homens, a COBIÇA.
E ele passa...
Suave e lento, em busca do mar.
E ele passa...
Resistindo às forças que o querem matar.
Destruindo o espelho
Que suas águas formam
Quando cortam os mangues
Em busca do mar.
Apagaremos a imagem, dos heróis maiores,
Que nos ensinam a luta, que devemos lutar:
Padre Mororó, Pessoa Anta e Dragão do Mar.
(Dolores Feitosa e Joaquim de Castro Feitosa. Fortaleza, 1985).
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