terça-feira, 19 de abril de 2011

***** ***** * MARRECAS: JESUS, MARIA E JOSÉ * ***** *****

SAGRADA FAMÍLIA: JESUS,  MARIA E JOSÉ

Aproxima-se a Festa Religiosa da Vila de Marrecas, distrito de Tauá, no estado do Ceará. Trago até aqui, o poema ESTEIO DA MINHA FÉ, e o soneto SÃO JOSÉ, de autoria do filólogo e poeta Aristóteles Bezerra (filho dos escritores Duarte Bezerra e Francisca Clotilde):

ESTEIO DE MINHA FÉ

Jesus, Maria e José
Trindade santa e sagrada,
Dá-nos tributos de Fé
A minha alma amargurada.

Trindade sagrada e santa,
Jesus, Maria e José,
A minha alma vos decanta
Nos seus arroubos de Fé.

Jesus, Maria e José
Três nomes santos, benditos,
Que fazem crescer a Fé
E dão consolo aos aflitos.

Jesus, Maria e José
Trindade santa e querida:
_ Esteio de minha Fé
_Amparo de minha vida.

Aristóteles Bezerra. Poemas de Fé e Saudade. Fortaleza: Gráfica Urânia, 1938: 23.

******
SÃO JOSÉ

Dês pequenino a minha devoção
A São José, excede a minha estima
E digo sempre: _ é teu meu coração
Favorece-o com a graça que o redima.

Se o pecado me arrasta a escravidão
De carne que pecando desatina
Recorro a ti. E além do teu perdão,
Nova Fé, meu espírito reanima.

E mais forte me julgo para a luta
Contra a vida terrena e dissoluta:
_ Identidade do homem pecador.

E de Jesus, o Pai nutrício, o Santo.
A quem meu coração estima tanto,
Nunca deixa de ser meu protetor.

Aristóteles Bezerra. Transfigurações. Fortaleza: Gráfica Urânia, 1937 p. 54.

Aristóteles Bezerra – Filho de Duarte Bezerra e de Francisca Clotilde, nasceu em Fortaleza no dia 19 de maio de 1895. Já aos treze anos de idade demonstrava forte pendor para as coisas intelectuais. Fez os primeiros estudos com sua mãe. Fundou em Aracati o jornalzinho O SOL, Transferindo-se para Fortaleza, estudou no Colégio Cearense e também lá chegando a ser professor. Continuou a interessar-se pelo periodismo, tendo figurado no corpo redacional de revistas e jornais literários.
No governo de Justiniano de Serpa, a convite de Lourenço Filho, Aristóteles Bezerra foi nomeado Inspetor Regional do Ensino em 1923, cujos conhecimentos aperfeiçoou nos assuntos de pedagogia. Publicou ainda os Ensaios: Religião e Ensino, 1927; Transfigurações, 1937; Poemas Fé e Saudade, 1938 e Princípios de Educação Moral e Cívica, 1940. Transferiu-se em 1942, para o Rio de Janeiro, passando a ocupar um cargo técnico do Ministério da Educação. Faleceu ali em 24 de dezembro de 1946.

Referência Bibliográfica:
MOTA. Anamélia Custódio. Francisca Clotilde: Uma Pioneira da Educação e da Literatura no Ceará. Canindé, 2007.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

***** ***** ***** A MULHER NA POLÍTICA ***** ***** *****

"Acima dos governos mal inspirados,
está a imagem da Pátria pedindo amor e sacrifício"
(Francisca Clotilde)

A MULHER NA POLÍTICA

"Hoje, que o movimento progressista da humanidade se tem desenvolvido de modo extraordinário e animador, não é de estranhar que a mulher, deixando-se arrastar na onda de entusiasmo, fique ao lado do homem na luta pelas boas causas.
Desde os tempos mais remotos, vemo-la desempenhar um importante papel, apesar de ser considerada frágil e inconstante pelos espíritos pessimistas.
A história bíblica fala-nos de Débora doutrinando o povo à sombra das palmeiras e dando-lhes planos de batalha para repelir o inimigo; mostra nos a linda viúva de Betúlia que, inspirada por Deus, penetrou no campo dos Assírios e conseguiu degolar o general Holofernes.
Ao lado de Judite de destaca-se a figura não menos gentil de Ester que com uma diplomacia encantadora conseguiu vencer Assuero e salvar seus irmãos oprimidos.
A coragem de mãe dos Macabeus alia-se ao valor da mãe de Gracos, que ia ao templo agradecer aos Deuses em vez de prantear a morte dos filhos em defesa da Pátria.
Clotilde, a esposa de Clóvis, foi fundadora da monarquia francesa e à sua influência deveu a França um período de prosperidade e de vitórias.
Foi o próprio Deus que arrancou a pastorinha de Domremy à placidez de sua vida simples e atirou-a no campo da luta para fazer sangrar Carlos VII e salvar o império francês.
O nome de Joana D’Arc é venerado por todos e a Igreja a colocou entre os bem aventurados porque o seu patriotismo irradiava os reflexos da virtude mais sólida, de pureza mais angelical.
Foi Catarina de Médicis a instigadora fanática dessa tragédia horrorosa que fez correr o sangue dos huguenotes na Saint Barthélemy e, quando a França se debatia agitada convulsionada na revolução cujo advento foi a tomada da Bastilha, as mulheres inflamaram-se e acompanharam os cidadãos nessa tentativa audaciosa de tomar a fortaleza secular sem temer os canhões, nem a guarda real, auxiliando, animando, batendo-se ao lado dos defensores da causa do povo.
Théroige de Mericourt, a revolucionária das ruas sobressaia nas caminhadas populares e foi Mme. Roland´ a alma da revolução cujo cérebro idealizava planos da mais alta política entre os Girondinos e cuja cabeça ao cair no cadafalso ainda teve lampejos de inteligência pelo bem do povo.
Em que pese aos obscuristas, o tempo do fuso e da roca já desapareceu na voragem do passado e hoje a mulher, se não tem o direito de se apresentar nos comícios eleitorais, porque a lei não lh’o quis ainda conferir, tem o direito sagrado de acompanhar o homem, máxime quando ele se bate pela pátria em seus dias nefastos e trabalha pela liberdade e pelo progresso.
Por que estranhar que se tenha criado a Liga Feminina em prol de uma candidatura que é a esperança de um Estado oprimido e digno de melhor sorte?
Porque censurar as manifestações a que as próprias crianças se associam com o sorriso nos lábios e a inocência lhes irradiando na fronte?
Falem contra a mulher cearense; eu aplaudo-a porque confio que a sua presença nestas festas populares é um prenúncio de triunfo para a boa causa e concito-a reanimar o valor de seus filhos e a ensinar-lhes que, acima dos governos mal inspirados, está a imagem da Pátria pedindo amor e sacrifício, impondo-se à nossa veneração, pairando serena e controlada como o céu que se desdobra sobre nossas cabeças lembrando-nos que Deus para reunir a humanidade teve também o concurso sublime de uma mulher que Ele colocou à sua destra, acima de todas as criaturas, no fastígio da glória e da imortalidade".

Fonte:  F. Clotilde. Brochura Pelo Ceará, pp. 2-5. (Instituto de Ceará).
ARAÚJO. Maria Stela Barbosa. Mulheres do Brasil. Vol. 01, Fortaleza, Editora Henriqueta Galeno 1971.
MOTA. Anamélia Custódio. Francisca Clotilde: Uma Pioneira da Educação e da Literatura no Ceará. Canindé, 1997. 

terça-feira, 12 de abril de 2011

FRANCISCA CLOTILDE X JOSE DE ALENCAR

Francisca Clotilde, autora de A DIVORCIADA (1902), inicia o referido romance com o CARTÃO DE VISITA, o qual transcrevemos:

CARTÃO DE VISITA
"Não pense o leitor benévolo que vai ter diante dos olhos um romance de cenas aparatosas, cheio de peripécias emocionantes e de lances extraordinários.
É uma história singela de duas criaturas que se amaram com pureza, e as quais o destino torturou acerbadamente antes de dar-lhes a felicidade almejada.
A maior parte da ação desenrola-se no campo, num pequenino povoado, em plena existência matuta, por entre a harmonia dos ninhos, traduzida pelos gorjeios das aves festivas.
Trescala a narração o aroma das flores agrestes, é um inocente idílio que pode ser compreendido por olhar casto.
Não está filiado a escola alguma dos Mestres; e seus personagens existem, e a cor verdadeira que apresentam é o mérito único da obra extremamente singela.
Revelam os inúmeros defeitos, a simplicidade rústica da forma, a pobreza de colorido, devido talvez ao meio excessivamente burguês em que se deslizou a vida da – Divorciada.
A autora"
***
Vejamos o pensamento  de Francisca Clotilde enquanto leitora de José de Alencar e seu ponto de vista sobre o romance IRACEMA (1865):  
"Num blandicioso estilo comparável ao canto do sabiá, na espessura da mata, em alvorecer primaveril, José de Alencar, glória da Terra cearense, idealizou o tipo gracioso dessa índia em cujo coração se acrisolavam os sentimentos fortes de uma raça selvagem e a meiguice empolgante de uma alma de donzela aprimorada ao sopro da civilização.
Livre como a corsa, ela palmilhava os sertões e mirava o rosto moreno, de traços corretos, na limpidez das águas da lagoa, cristalizadas aos esplendores do sol.
Desprendiam festivos cantares quando a aurora roseava o céu e as flores silvestres que desatavam as pétalas embalsamando os campos do Ipu ornava-lhe os cabelos opulentos e negros.
Os guerreiros mais famosos encontravam-na esquiva e ao fitarem a luz de seus olhos e o frescor de seus lábios rubros entreabrindo sorrisos álacres, pensavam que IRACEMA era talvez um gênio superior, a virgem privilegiada que Tupã   destinara para proteger com a candidez de sua existência imaculada e descuidosa os valentes filhos dos Tabajaras.
Poema estremecido de imagens belíssimas iluminado pelas fulgurações dos astros que matizam o céu azul que se estende sobre a Pátria do grande escritor. Apresenta-nos a visão lendária no grácil abandono de repouso à sesta, nos claros da floresta, ou mais tarde errando desolada pelos ermos sertões, a repetir o nome de Moreno à variação cariciosa, na hora contemplativa da saudade, ao morrer do dia.
Imortalizada pelo gênio de Alencar, o mimoso perfil dessa lenda selvagem, vencido pelo guerreiro branco, reflete-se através dos tempos sobre as alvas praias e as risonhas dunas que orlam os "verdes mares" marcando uma nova fase à literatura indígena e mostrando em colorido vivo, brilhante, a sensibilidade, a delicadeza e os afetos de uma alma feminina expandindo-se ao calor das silvas, grande na sua dedicação, sublime no generoso desprendimento com que esquece tudo e carpe como a ave solitária às margens pungentes da ventura perdida".


Fontes: F. CLOTILDE. Revista Ceará Intelectual. Fortaleza, 1910.
Francisca Clotilde. A Divorciada.Ceará: Terra Bárbara, 1996, 308 p. 
MOTA. Anamélia Custódio. Francisca Clotilde: Uma Pioneira da Educação e da Literatura no Ceará, Canindé, 2007, 153 p.


sexta-feira, 8 de abril de 2011

LIVRO JOAQUIM DE SOUSA BASTOS

Escritora lança biografia sobre Joaquim de Souza Bastos

Por: Edmilson Barbosa

"Repercutiu mui positivamente o lançamento do livro Joaquim de Souza Bastos, de autoria da escritora Anamélia Custódio Mota, no Centro de Eventos da Igreja de São José, na noite deste último sábado, em Tauá.
A obra retrata a trajetória do menino de origem humilde, nascido no distrito de Marruás, que além de ex-prefeito e líder político com grande influência no cenário tauaense, tornou-se empresário de sucesso, com empreendimentos para além o estado do Ceará.
No evento, compareceram familiares, personalidades, políticos e, sobretudo, amigos do biografado, bem como da biógrafa. Acompanhado da Banda Municipal de Tauá, que executou o Hino Municipal, a Mesa foi composta das seguintes pessoas: o médico Ed Wilson Custódio Francelino (idealizador da homenagem), a autora Anamélia Mota, o biografado Joaquim de Souza Bastos, d. Leda Bastos (sua esposa) e seus filhos Edmilson, Souza Júnior e Maninho, além do atual Presidente da Câmara Municipal de Tauá, advogado Marco Aurélio Gomes de Aguiar (oportunidade em que também representou o Vice-Governador, Domingos Filho e o Deputado Federal, Domingos Neto), o radialista Radir Rocha (atual secretário de cultura de Tauá), o vereador Wellington Cavalcante, e o médico Hidelbrando Mota (representando todos os amigos do homenageado).
A obra foi apresentada pelo presidente da Academia Tauaense de Letras, Prof. Feitosa, que expôs o mérito do homenageado e enfatizou a qualidade do trabalho da autora. Os oradores que seguiram ressaltaram aspectos da história de vida de Souza Bastos, congratulando-se com a autora pela justa homenagem.
A obra, além de bem escrita e de fácil compreensão, foi fruto de intensa pesquisa junto a pessoas que testemunharam a saga Joaquim de Souza Bastos, e de igual modo revelou traços genealógicos do chamado Clã do Campo Preto, podendo-se nela encontrar referências para diversas famílias que compõe a parentela dos “Mota”, de Marruás.
Quem quiser adquirir a obra, pode encontrá-la junto à residência da escritora em Tauá ou pelo telefone 85-99777962, porém deve se apressar, pois somente restam poucos exemplares.
Parabéns à autora e ao biografado!". 
DATA DO LANÇAMENTO DO LIVRO: 19 de fevereiro de 2011
Comentários:
Ed Wilson Custódio Francelino disse: 23 fevereiro 2011  PARABÉNS PELAS LETRAS. ARTIGO MUITO BEM ELABORADO E SINTÉTICO. DISSE TUDO!
Jorge Luis disse: 27 fevereiro 2011 Mais uma vez essa grande autora se destaca. Parabéns pelo sucesso e pela magnífica pesquisa e obra.
Italo Mota disse: 27 fevereiro 2011 A Obra escrita por Anamélia Custódio relata a história de vida de Joaquim de Sousa Bastos, destaca as conquistas e as vitórias de um homem que venceu pelo trabalho, com força e determinação. Precisamos destacar esses exemplos como forma de valorizarmos no dia a dia nossa capacidade de sonhar e buscar tudo aquilo que nós sonhamos com perseverança e acima de tudo com muita dedicação.
Francisco Jose Mota disse: 28 fevereiro 2011Sobre a biógrafa sou supeito de falar, pois tornei-me seu fã e admirador, desde que, em prefácio de um livreto meu, demonstrou todos seus conhecimentos sobre literatura e o interesse por ela. Mas, sobre a obra, em que pese o fato de o prefaciante, Presidente da ALT e seu ex profoessor, não ter deixado quase nada a acrescentar, considero-a de importância ímpar não só pelos merecimentos do biografado, mas principalmente por todo o seu conteúdo, onde são demonstrados seu empenho nas pesquisas, sua capacidade nas exposições e sobretudo seu inegável faro de escritora que a cada se firma mais ainda como tal.
Acerca do biografado quaisquer comentários sobre sua irrepreensível conduta cidadã seriam dispensáveis. Mas, na pessoa dele, cujas existência e atuação acompanhei-as, à distancia curta, pude comprovar, desde que o conhecí um grande mérito: saber distinguir-se quanto atua como cidadão, como cristão, como político ou como comerciante. Isto é mérito que encontramos em pouquíssimas pessoas.
De parabéns, portanto, pelo seu trabalho, estão você, o homenageado,Tauá e toda a Região dos Inhamuns, Partiicularmente, me orgulho, porque ambos, biógrafa e biografado, pertencem ao clã “campo preto”, do qual descendo. Um abraço Anamélia e siga em frente, você ainda tem muito o que nos oferecer.
Beijos. PINGUIM

Pérola Custódio disse: 28 fevereiro 2011 Histórias como essas nos enchem de orgulho e nos fazem crer na força que existe um sertanejo determinado.
Paloma Custódio Francelino disse: 28 fevereiro 2011 Belissímas letras, que de tão significantes chegam até a zona norte do nosso estado!Parabéns!
Ana Vale disse: 2 março 2011 Esse é o grande papel daqueles que amam as letras. Tornar público histórias aparentemente esquecidas. Joaquim de Sousa Bastos é exemplo para muitos. Como homem público muito me ensinou quando ainda pequenina. Parabéns ao homenageado.Parabéns à autora.
Marcos Aurélio Cidrão C. Mota disse: 2 março 2011 Parabenizar a escritora pela coragem na escrita e por visualizar e reconhecer uma história tão rica como a de Joaquim de Souza Bastos, líder político, empresário forte, uma das figuras mais Ilustres do meu Marruás. Parabéns Anamélia, Parabéns Seu Joaquim.
Telma Pimentel Moura disse: 2 março 2011 Parabéns a autora Anamélia Custódio pelo trabalho que realizou, ficou maravilhoso. Biografia como a do Sr. Joaquim de Sousa Bastos deveria servir de exemplo para muitos, com seu exemplo de trabalho e chefe de família. Parabéns também ao Sr. Joaquim de Sousa Bastos e sua família.

Há muito tempo que não leio um artigo de leitores e comentaristas com um nome de família a mim tão familiar. Eh verdade que nem todos os Motas ai de Tauá ou do Ceará sejam parentes. Ou serão? Isso só se responde se formos a Portugal para verificarmos nossa árvore genealógica. Esse mundo está realmente ficando cada vez mais pequeno, pois eh uma grata surpreza me deparar com esse artigo sobre o livro da biografia de Joaquim de Sousa Bastos ou simplesmente ”O Sousa Mota”. Depois de tantos anos e hoje aqui em terras tao distantes eh realmente emocionante. Lembro quando o Sousa foi eleito prefeito pela primeira vez eu ainda estava aí. Não sei se houve reeleição pois mudei-me para o Rio de Janeiro. Eu Estudava na escola Fundamental Júlio Rego na época, num prédio bonitinho vizinho ao Armazém do Sousa Mota, que depois foi transferida para outro prédio novinho perto do aeroporto. Eu lembro que mesmo sendo prefeito o Sousa se dividia no final do expediente e no fim de semana ao seu business. Cheguei a ser ajudante lá aos sábados. Lembro dos funcionários como se fosse hoje, infelizmente não lembro os nomes. Evidentemente que jamais esquecerei o nome do saudoso Misael Cavalcante Mota (acho que era vice prefeito) gente finíssima que ia lá todos os sábados. Lembro também dos filhos, o Sousinha e Maninho, ainda crianças. Todos sempre bem vestidos e elegantes, pareciam uns príncipes. Lembro também de D. Leda, a primeira dama, que comandava o comércio na ausência do Sousa. D. Leda era discretíssima e ao mesmo tempo tímida. Mas percebia-se que ela tinha um caráter impecável. Apesar de ser a primeira dama não saia por ai atras de glamour ou sendo arrogante como era normal com outras intocáveis primeira damas. Eu como adolescente admirava a sua capacidade de dirigir tão bem. Pickups, caminhões e automóveis de luxo, naquela época dava gosto ver uma mulher dirigindo assim. Aprendi muito indo naquele comércio todos os sábados que era dia de feira. Oh my god! isso foi há mais de 30 anos. O Sr. Bastos era igualmente sério mas sempre acessível a todos e tratatava com todo respeito e carinho do mais humilde funcionário, aqueles que carregavam as sacas ao gerente do estabelecimento. Até a mim ele cumprimentava ahahah. Que eu saiba ele foi um bom prefeito e respeitado até pelos advsersários, muita gente que não votou nele me disse depois que ele tinha sido um ótimo prefeito. Então só  posso dizer parabéns pela iniciativa da autora (Anamélia Mota esse nome não me eh estranho) quem sabe poderei um dia adquirir o livro. Dito isso desejo “Long life and hapiness to Mr. and Mrs. Sousa Bastos and Family”.

Ver mais comentários sobre o Lançamento do Livro em:


sexta-feira, 1 de abril de 2011

CHÁ LITERÁRIO: VIDA E OBRA DE GOMES DE FREITAS

CHÁ LITERÁRIO no CENTRO PASTORAL SÃO JOSÉ
1 de abril de 2011, logo mais às 16 hs.
O debate será sobre a Vida e Obra do tauaense ANTONIO GOMES DE FREITAS, autor do Opúsculo INHAMUNS: TERRA E HOMENS, Fortaleza: Henriqueta Galeno, 1972, 196 p.

TRECHO DO PREFÁCIO
"O autor de Inhamuns traça o retrato físico e social de uma vasta região cearense, através de histórias, personagens, costumes e paisagens aos quais profundamente se ligou desde a juventude, fixando-se nas suas recordações derramadas nas cousas vivas e mortas. E o que mais valoriza o livro do historiador Antonio Gomes de Freitas é a autenticidade dos fatos, a sua historicidade procurada num trabalho exaustivo de consulta aos velhos papéis dos arquivos nos quais colheu a abundância documental que o enriquece" (Hugo Catunda).
CAPÍTULOS
I Anteólogo - "Ensoberbecido ficarei no futuro, quando se reconhecer que fiz uma Obra útil à minha terra e à sua gente, fornecendo elementos para a história da Região dos Inhamuns".

II Origens da palavra Tauá - "Tauá, aldeia antiga, em face da lógica, dos documentos e da tradição e os compêndios registram que Tauá foi primitivamente aldeia dos índios".

III A Paisagem Fisiográfica - "Infelizmente a inconsequência dos homens vem acabando o manto protetor da terra. É desolador o aspecto da terra devastada".

IV Os primitivos donos da terra - "Era sabido que o sertão dos Inhamuns era a pátria dos Jucás".

V A conquista da terra e sua colonização - "Subindo o rio Favelas, uma figura de respeitával de patriarca, o capitão Manoel Ferreira da Graça, ascendente do engenheiro Vicente Cavalcante Fialho".

VI Revelações Genealógicas - "Quem se dedica às investigações das origens das famílias tem que forçosamente consultar os velhos livros de registros paroquiais, fonte segura, abundante".

VII Criação de Gado nos Inhamuns - A Região dos Inhamuns, era sem exagero, das mais opulentas da Capitania, próspera, pela penetração de fazendeiros abastados".

VIII Vila São João do Príncipe - "Na manhã de 03 de maio de 1802, defronte do cruzeiro da Igreja, rezam os documentos, presentes a nobreza rural e o povo - convocados a toque de sino".

XIX Formação política de Tauá -"O município de Tauá, desde 1802, tem sido por homens de reconhecida idoneidade e capacidade de trabalho".

XIX Freguesia de N. S. do Rosário - "A igrejinha entregue ao culto católico em 15 de outubro de 1762, foi doada pelo sargento-mor José Rodrigues de Matos em patrimônio de 600 braças".

X O Bicho de Seda nos Inhamuns - "Como chegara aos ouvidos do Imperador a existência do bicho-de-seda nos sertões adustos dos Inhamuns, e quem, acaso, revelara?".

XI O Vaqueiro dos Inhamuns - "Sou, de origem, de formação e idealismo, vaqueiro, de boa raça de vaqueiros dos Inhamuns. Nos sertões de minha terra aprendemos cedo a andar a cavalo".

XII Obelisco a um vaqueiro afamado - "Ágil como um gato selvagem, Chico Brió pulou do cavalo em cima do boi para segurá-lo pelas ventas. Tal vida, tal morte".

XIII As lutas entre Montes e Feitosa - "O calendário marcava 25 de março de 1725, e parecia que o interior cearense se havia incendiado. Montes e Feitosas engalfinhados".

XIV A Revolução de 1817 nos Inhamuns – “Quando José Alves Feitosa, capitão-mor dos Inhamuns, vinha a Fortaleza, o governador da Capitania, lhe conferia honras excepcionais”.

XV O Regimento da Cavalaria dos Inhamuns na Guerra de Fidié – “Os intrépidos filhos dos Inhamuns, presentes na Guerra de Fidié, saldam os compromissos para com a Pátria”.

XVI Legião dos Inhamuns na Guerra do Pinto - “Também pelas armas e pelas idéias, os vaqueiros dos Inhamuns, com eles terçaram armas.”

XVII Heroína dos Inhamuns na Guerra do Paraguai – “A mulher brasileira, em todas as épocas, deu magníficos exemplos de patriotismo. O gesto varonil de Jovita Feitosa”.

XVIII No combate da Missão da Coluna Prestes – “Em 25 de janeiro de 1926, o grosso da Coluna foi em marcha batida acantonar na pequenina Arneiróz”.

XIX Dias Sombrios – “O cangaço é fenômeno regional. O Ceará não ficava fora de sua ação, mas em casos isolados, e duramente combatido”.

XX Música profana na Liturgia – “Cabe à minha terra a primazia da organização da primeira Banda de Música do interior da Capitania do Ceará Grande”.

XXI As comunicações nos Inhamuns – “Na minha cidade, o Tauá, do século passado duas famílias se notabilizaram como estafetas: os Cadeira e os Souto”.

XXII Estradas reais e caminhos dos Inhamuns – “O velho papel traça o rumo dos caminhos antigos que convergiam para a atual cidade de Tauá” (cita sete estradas).

XXII A Instrução em Tauá – “Até o ano de 1787, não se tem notícia de registro de um só ato de nomeação de Professor de primeiras letras para a Capitania do Ceará”.

XXIII A Energia de Paulo Afonso em Tauá – “No dia 27/12 são inauguradas a energia de Paulo Afonso, a torre da Repetidora da Joaninha (TV) e a Praça Joaquim Pimenta”.

XXIV - Locais de Curiosidades Turísticas de Tauá – O Quinamuiú tem a forma bizarra de um camelo, se sobressai entre as principais atrações turísticas da Região dos Inhamuns”.

XXV Filhos ilustres de Tauá – “Dos mais numerosos é o rol dos filhos ilustres de Tauá”. (Fora os citados nos capítulos anteriores, fulguram 41 personalidades de destaque).

XXVI Algumas Efemérides – Aqui fulguram fatos históricos com a respectiva data, que variam de 15 de junho de 1710 até 15 de fevereiro de 1970.

Parte Documental (composta de 10 documentos)

Apreciação sobre o Livro Inhamuns Terra e Homens - por Paulo Lopes Filho.

Anamélia Custódio Mota - Tauá-CE, 01 de abril de 2011.