segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

LER, ESCREVER E CALCULAR: REFLEXÔES PSICOPEDAGÓGICAS

Anamélia Custódio Mota - Discurso Lançamento
 
         Boa noite a todos que deixaram seus afazeres para se fazerem presentes neste ato de lançamento de nosso livro, Ler escrever e calcular: reflexões psicopedagógicas.
         Um encontro como o desta noite é a prova de que existe uma preocupação com a realidade a que nos propomos pesquisar. E mais do que isso, um compromisso de educadores em prol de uma causa social: o combate ao analfabetismo.
         Dois anos se passaram desde o lançamento de Educação: leis planos saberes e práticas...
         Mais uma vez nos expomos através de um livro, que não é um trabalho individual, como os senhores e as senhoras verão, mas, uma reunião de idéias de vários escritores entre eles, vários alunos, peça fundamental de nossas preocupações.
         Nossa ação no presente está dirigida em favor das classes menos favorecida, temos bastante consciência para não nos deixarmos levar pelos primeiros gritos. Demais, como estamos dentro do nosso programa, só dentro dele admitimos censuras. Para isso, porém, só aceitamos a palavra autorizada dos mestres que, nessa emergência, só poderá estar conosco.
         Agradecemos de modo especial a professora Célia, a quem primeiro procuramos quando da intenção de tornar público essas nossas anotações, teóricas e práticas. E nos deu a honra do prefácio.
         Nossos agradecimentos à professora Marbênia, a quem reafirmamos ter sido lâmpada na caminhada do curso de pedagogia. e nos deu a honra do posfácio, encontrado na orelha da contra capa.
         Agradecemos a prefeita Patrícia, que se dispôs a dar apoio cultural para que fosse viabilizada a publicação da obra. A concretização se deu com o sim da coordenadora do Cred XV, Lindomar a quem a educação pública do Tauá muito deve.
         Tem uma pessoa que, sempre esteve presente nos momentos de reflexão da (minha) prática pedagógica, especialmente nas aulas de português e história. A quem dedico o presente livro, a maior mestra do Tauá: Dalva Mendes Coutinho (Irmã Mendes).
         Tem certas coisas que são muito fortes na vida da gente, às vezes uma pequena frase... E foi justamente uma frase da professora Aureamélia, “Continue escrevendo, não desista”, que me fez continuar. Muito obrigada! Uma honra tê-la conosco.
         Agradecemos a Gráfica e Editora Canindé, de nossos conterrâneos Iran e Lulu que incondicionalmente aceitaram fazer a publicação.
         Presto neste livro, com a licença da professora Vilani, uma homenagem especial ao papai, pela via sacra que ele tem vivido... E que na medida do possível temos acompanhado.
         Peço licença aos colegas do curso de especialista em História e Sociologia para aqui contar uma história de Gabriel Garcia Márquez:
“Era uma aldeia de pescadores, perdida nos confins do mundo,
1.   Uma aldeia em que as pessoas haviam sido comidas pelas mesmas rotinas que se repetiam todos os dias.
2.   E quando se encontravam umas com as outras, não mais sorriam, porque já sabiam diante mão o que iriam dizer, os gestos que iam fazer.
3.   Era uma monotonia sem fim, da qual fugira toda alegria, todo riso, toda festa.
4.   E as pessoas eram tristes...
5.   Até que um dia um menino olhou para o mar e viu coisas estranhas. E gritou e chamou as pessoas da Aldeia. Curiosas, imaginando que qualquer coisa seria, pelo menos, uma quebra de monotonia. O mar subindo e descendo, sem pressa, foi trazendo aquela coisa, até que a colocou sobre a areia”.
6.   E para espanto de todos era um homem morto.
7.   E com homem morto só existe uma coisa a fazer: ENTERRAR.
8.   E o costume era que as mulheres preparassem os mortos para o sepultamento.
9.   E os maridos que estavam ao lado de fora, olhando para dentro, perceberam que o morto tinha o poder de fazer com as suas mulheres aquilo que eles, mortos vivos não podiam mais...
         Se nos apoderarmos de algumas idéias contidas nessa historinha e as analisarmos dentro de nossa prática pedagógica certamente reverteremos a nossa cara carrancuda e nós e nossos alunos seremos mais felizes.       
         Espero e desejo que não seja esse o caso da escola e da rotina de cada um de nós. 
         Muito obrigada a todos pela presença.
         Um grande abraço.
Anamélia Custódio Mota
Tauá - CE, Teatro e Cine São José, 09 de junho de 2005

Nenhum comentário:

Postar um comentário